Empreendedorismo Social como filosofia de vida

Tenho pensado no empreendedorismo social para além de um tipo específico de empreendedorismo. Para mim, é um “jeito” de empreender que se assemelha a uma filosofia de vida.

IMPACTO SOCIALEMPREENDEDORISMO SOCIALINOVAÇÃO SOCIAL

Fran Fernandes

6/6/20243 min read

Empreendedorismo social como filosofia de vida

Diante das conversas, observações e experiências com empreendedores e empreendedoras sociais que tenho tido aqui pela @aguardachuva nestes últimos anos, tenho pensado no empreendedorismo social para além de um tipo específico de empreendedorismo. Para mim, é um “jeito” de empreender que se assemelha a uma filosofia de vida.

Digo isso porque, ao observar de perto os empreendedores e empreendedoras sociais, noto que eles não estão apenas focados em criar um negócio ou resolver um problema. Eles estão engajados em um processo contínuo de aprendizado, desenvolvimento e conexão com o mundo ao seu redor. O empreendedorismo social não é apenas uma carreira ou uma escolha de negócios, mas uma forma de viver e interagir com a realidade de maneira profunda e significativa.

Partindo do entendimento do empreendedorismo social como filosofia de vida e, unindo referências de outras teorias, na @aguardachuva acreditamos que a formação de empreendedores sociais deve passar por três pilares essenciais: pensar, sentir e agir.

Esses pilares são a base do nosso trabalho no desenvolvimento e na capacitação dos empreendedores, guiando todo o processo de aprendizado e aplicação prática.

O pilar do Pensar (conhecimento) e mente aberta

O primeiro pilar dessa jornada é o pensar. No contexto do empreendedorismo social, pensar está intimamente ligado à capacidade de analisar criticamente e sistemicamente os problemas socioambientais e identificar soluções inovadoras e sustentáveis. Uma mente aberta é essencial para abordar desafios complexos, permitindo considerar diferentes perspectivas e explorar novas ideias e abordagens. Aqui na @aguardachuva, incentivamos nossos empreendedores a cultivarem um pensamento crítico, sistêmico e reflexivo. Isso envolve não apenas a busca por conhecimento técnico e especializado, mas também o desenvolvimento de habilidades como a criatividade e a capacidade de questionar o status quo. Pensar de forma estratégica e inovadora é fundamental para criar soluções que realmente façam a diferença.

O pilar do Sentir (empatia e conexão) e coração aberto

O sentir é o segundo pilar desta filosofia de vida. Empreender socialmente exige uma conexão emocional profunda com as necessidades das comunidades e indivíduos afetados pelos problemas sociais. Ter um coração aberto implica cultivar empatia, compaixão e um compromisso genuíno em fazer a diferença na vida dos outros. Empatia é a habilidade de compreender as dores e necessidades do outro. No empreendedorismo social, essa conexão emocional é o que impulsiona as ações e decisões. É o que torna o trabalho significativo e capaz de gerar impacto real.

O pilar do Agir (vontade e transformação) e vontade aberta

Por fim, o agir é onde o pensamento crítico e a empatia se transformam em ações concretas. No empreendedorismo social, agir envolve implementar soluções eficazes para resolver problemas sociais, mobilizando recursos e influenciando mudanças. Ter uma vontade aberta significa estar comprometido com a realização dessas soluções, superando obstáculos e persistindo na busca por impacto social positivo. A ação é o que torna todo o processo tangível. É através da ação que os sonhos e ideias se materializam em iniciativas de impacto. Na @aguardachuva, acreditamos que é crucial fornecer aos empreendedores as ferramentas e o apoio necessários para que possam transformar suas visões em realidade. Isso inclui desde a capacitação técnica até o suporte emocional e motivacional para enfrentar os desafios.

Acreditamos que idealizar, implementar e sustentar um empreendimento de impacto exige que esses três pilares – pensar, sentir e agir – estejam alinhados. Este alinhamento é o que permite a construção de transformações que o mundo precisa. É um processo contínuo e dinâmico, onde cada um desses elementos se reforça mutuamente.

O pensar estratégico cria as bases para soluções inovadoras; o sentir empático garante que essas soluções sejam relevantes e conectadas com as necessidades reais; e o agir determinado transforma essas soluções em realidade, gerando o impacto positivo desejado.

Ao integrar esses três pilares em suas práticas diárias, os empreendedores sociais não apenas conduzem seus negócios de forma mais eficaz, mas também vivem de maneira mais consciente e conectada com os valores que defendem. Eles se tornam agentes de mudança, capazes de inspirar e mobilizar outros a seguir o mesmo caminho, criando um ciclo virtuoso de impacto social positivo.

E você, como alinha o pensar, o sentir e o agir em sua jornada empreendedora?